Microcredencial - Avaliação e Tratamento da Dor – Da Teoria à Prática

O controlo da dor é um direito humano fundamental e universal pelo que bastariam razões éticas para exigir um controlo eficaz, pois a dor não é inócua para a saúde (Batalha, 2016). A dor é um sintoma que acompanha, de forma transversal, a generalidade das situações patológicas que requerem cuidados de saúde; assumindo-se o controlo eficaz da dor como um dever dos profissionais de saúde, um direito dos doentes que dela padecem, e um passo fundamental para a efetiva humanização das Unidades de Saúde (Direção-Geral da Saúde, 2003). Atualmente com o conhecimento sobre o fenómeno complexo que é a dor e os fatores que a influenciam ao longo do ciclo vital, em processo agudo, crónico ou paliativo, o que se assume como realmente importante é valorizar a dor, tornando-a efetivamente o “5º sinal vital” (Ordem dos Enfermeiros, 2008).
Embora com tendência para melhoria, a prática dos cuidados continua a demonstrar que a avaliação da dor é uma atividade ignorada, esquecida ou realizada de forma pouco fidedigna. Esta prática compromete seriamente a qualidade dos cuidados, na medida em que a eficaz prevenção e o tratamento da dor carece de uma avaliação segura e exata (Batalha, 2016).
Enquanto profissionais privilegiados pela proximidade e tempo de contacto, os enfermeiros encontram-se numa posição relevante para promover e intervir no controlo da dor, sendo seu dever ético e legal, advogar uma mudança do plano de tratamento quando o alívio da dor se verifica ineficaz. Para que a sua atuação seja segura e fundamentada, é essencial garantir a atualização de conhecimentos, habilidades, atitudes e crenças acerca da avaliação e controlo da dor, e incorporar novas práticas com base no mais recente conhecimento científico (Ordem dos Enfermeiros, 2008).

 

Resultados de aprendizagem / Competências a desenvolver:

O presente curso pretende capacitar os/as formandos/as com ferramentas práticas que lhes permitam prestar cuidados de enfermagem com mais qualidade à pessoa com dor. Desta forma, é esperado que no final do curso os formandos conheçam o conceito de dor; Compreendam os mecanismos fisiopatológicos da dor; Distingam os diferentes tipos de dor (aguda, crónica, nociceptiva, neuropática, mista, nociplástica, irruptiva); Identifiquem as escalas de avaliação validadas para a população portuguesa; Selecionem os instrumentos adequados tendo em conta as necessidades individuais da pessoa com dor; Conheçam os fármacos utilizados no controlo da dor e consigam identificar as práticas seguras na sua utilização; Conheçam as boas práticas na administração da terapêutica opióide (especialmente na rotação de opióides); Reconheçam o papel ativo do enfermeiro na implementação de estratégias não farmacológicas para alívio da dor; Identifiquem os desafios no tratamento da dor em situações específicas (pós-operatório, tratamento de feridas, doente oncológico e dor neuropática); Reflitam sobre o comportamento/atitude dos enfermeiros na abordagem ao doente internado; Compreendam as diferenças na abordagem da dor no doente oncológico.

 

Estrutura curricular / Conteúdos:

Módulo I – Conceito e Fisiologia da Dor (3h)
- Sub-módulo 1.1 – Definição de Dor
- Sub-módulo 1.2 – A Dor como experiência bio-psico-social
- Sub-módulo 1.3 – Fisiologia da Dor
- Sub-módulo 1.4 – Terminologia específica em Dor
Módulo II – Classificação da Dor (4h)
- Sub-módulo 2.1 – Classificação da Dor quanto à duração
- Sub-módulo 2.2 – Classificação da Dor quanto à fisiopatologia
- Sub-módulo 2.3 – A Dor irruptiva oncológica
- Sub-módulo 2.4 – A Dor Total
Módulo III – Avaliação da Dor (3h)
- Sub-módulo 3.1 – Boas Práticas na avaliação do “5º Sinal Vital”
- Sub-módulo 3.2 – Escalas unidimensionais de avaliação de dor
- Sub-módulo 3.3 – Instrumentos multidimensionais de avaliação da dor
- Sub-módulo 3.4 – A importância dos registos
Módulo IV – Tratamento da Dor (6h)
- Sub-módulo 4.1 – Estratégias farmacológicas para controlo da dor
- Sub-módulo 4.2 – Práticas seguras na utilização de fármacos opióides
- Sub-módulo 4.3 – Estratégias não farmacológicas para controlo da dor
- Sub-módulo 4.4 – O papel do enfermeiro na gestão da polimedicação do doente com dor
Módulo V – Desafios na Gestão da Dor em contextos específicos (4h)
- Sub-módulo 5.1 – A dor neuropática
- Sub-módulo 5.2 – A dor no tratamento de feridas
- Sub-módulo 5.3 – A dor no doente oncológico
- Sub-módulo 5.4 – Dor aguda de pós-operatório

 

Duração do curso/ECTS

  • 54 h: 20h de aulas teórico-práticas e 34h de trabalho autónomo
  • Formação à distância utilizando métodos expositivo e participativo
  • 2 ECTS
  • Início das aulas: 5 Novembro
  • Fim das aulas: 25 Novembro

Destinatários

  • Enfermeiros/as; estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem

Coordenador: Filipa Lança

Período previsível de lecionação da 1.ª edição: BREVEMENTE MAIS INFORMAÇÕES

Número de máximo e mínimo de estudantes

  • Mínimo: 8
  • Máximo : 20

Prazo de Candidaturas 2ª Fase

  • Calendário de candidaturas 2ª Fase: 9 a 23 de setembro
  • Afixação das listas ordenadas de colocação e exclusão: 4 de outubro
  • Matrícula e inscrição: 21 a 23 de outubro

 

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