Saúde Sexual e Reprodutiva: Mutilação Genital Feminina

Apresentação

A II pós-graduação sobre “Saúde Sexual e Reprodutiva: Mutilação Genital Feminina”, 2016/2017 é promovida pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal ao abrigo de protocolos assinados com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, a Direção Geral de Saúde e a Associação para o Planeamento da Família. O seu Plano de Estudos tem por base o da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, entidade que o concebeu e deu resposta à relação de parceria protocolada.

Destina-se a profissionais de saúde, essencialmente a enfermeiros/as e médicos/as ou outros que tenham interesse profissional na temática, em atividade nalguns dos equipamentos de saúde do distrito de Setúbal, em particular nas áreas geográficas de risco, que atuam no apoio a mulheres e jovens que sejam excisadas ou que corram esse risco.

O curso tem uma estrutura modular, designadamente no:

Módulo I – Introdução / Contextualização;
Módulo II – Cuidados de Saúde / Competências Profissionais;
Módulo III – Intervenção na Comunidade / Prevenção, Identificação e Tratamento;
Módulo IV – Desenvolvimento do Projeto de Intervenção.

Cada módulo, de forma a contextuar as temáticas que são lecionadas, é constituído por seminários ou mesas de discussão, sob a responsabilidade de formadores considerados peritos na matéria em apreço.

A formação prevê a articulação da prática de cada formando/a com o desenvolvimento teórico dos Módulos, criando condições para o estabelecimento de uma praxis multidisciplinar e multiprofissional em saúde, como é a do território da Mutilação Genital Feminina na área de intervenção da Saúde Sexual e Reprodutiva.

No decurso do curso existem sessões letivas de tipologia teórica que comportam as introduções (ao curso, à parte prática, à apresentação oral dos projetos de intervenção desenhados e à apresentação final dos projetos desenvolvidos até então, aquando da conclusão do curso.

Os formandos, aquando da conceção do desenho do Projeto de Intervenção-ação e da sua implementação em contexto real de trabalho, usufruem de orientação tutorial realizada pela coordenação do curso.

O processo formativo utiliza metodologias que possibilitem aos formandos:

• Refletir acerca dos seus posicionamentos profissionais relativamente às temáticas e aos princípios da intervenção em matéria da MGF;
• Analisar criticamente as culturas e práticas em matéria da MGF;
• Conceber a instituição de saúde/contexto profissional como sistema e espaço de intervenção que possibilita a estruturação de projetos de intervenção implementados no terreno, sustentados na metodologia de investigação, que permitem a rentabilização dos seus recursos humanos na sinalização, intervenção e /ou encaminhamento para redes/outros de ajuda especializada.

Objetivos

O objetivo major do curso é capacitar os formandos para o combate à prática nefasta que é a mutilação genital feminina, fornecendo-lhes conhecimentos sobre esta tradição cultural, como difundir boas práticas e métodos de intervenção que contribuam para a prevenção, identificação e tratamento.

Pretende-se também; sensibilizar os participantes para a erradicação de uma prática cultural nefasta que ainda ocorre na nossa sociedade e ampliar os meios e processos na eliminação e denúncia desta prática; promover as boas práticas nos indivíduos formandos e, por inerência consequente, no contexto organizacional e comunitário envolvente.

Plano de estudos

Plano de Estudos

Protocolo/Parceria

Protocolo de cooperação entre a Escola Superior de Saúde, Direção Geral de Saúde, Comissão para a cidadania e a igualdade de género e a Associação para o Planeamento da Família

Duração e total de créditos ECTS

30 ECTS - 1 semestre

Coordenador do Curso

Fernanda Maria Gomes da Costa Teixeira Marques

Número de vagas

30 (pelo menos 50% são enfermeiros/as)

Condições de acesso e ingresso

O processo de seleção dos/as formandos/as é da responsabilidade da Direção-Geral da Saúde e da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal, de acordo com as regras estabelecidas e acordadas no âmbito da parceria com os outros outorgantes.